Embora
não seja um movimento recente, o movimento pela educação democrática ganhou
força a partir das décadas de 1960 e 1970, inspirado por dois importantes
críticos da educação convencional: Alexander Sutherland Neill (1888-1973) e
Ivan Illich (1926-2002). Por uma série de razões, as escolas democráticas, como
são chamadas, permaneceram num relativo isolamento até pouco tempo.
Em 1989,
uma organização chamada AERO (Alternative Education Resource Organization) foi criada com o objetivo de construir uma
rede de escolas e outras experiências educacionais, incentivar e reunir publicações
sobre o tema, construir listas de discussão, possibilitar a troca de
experiências e informações e fortalecer a luta das escolas que ameaçavam ser
fechadas por medidas autoritárias de governos conservadores. Em 1993, a AERO
foi uma das responsáveis pela fundação do IDEC (International DemocraticEducation Conference), uma conferência internacional
de escolas que vem ocorrendo desde então todos os anos.
Desenvolvendo
experiências muito diversas, o principal traço deste movimento é a pluralidade.
São escolas estatais como o Liceu Autogerido de Paris e a Escola da Ponte em
Portugal ou iniciativas privadas como Summerhill na Inglaterra e a escola Lumiar
em São Paulo ou comunitárias como o Jardim da Infância do MTD (Movimento de
Trabalhadores Desempregados) La Matanza, na Argentina. Todas eles estão
construindo os muitos caminhos de que é feita a autonomia
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