Fomos na sessão de abertura do Kinofórum 2012... e resolvi redigir um comentário dos curtas que assistimos...
Um passeio matinal, de Grant
Orchard, um curta do Reino Unido que conta como se dá o encontro de uma
galinha com um homem, em diferentes anos, ao retornar de seu passeio matinal....
nos tempos idos de 1959, nos recém passados 2009 e no utópico futuro, datado de
2059... como a cada tempo muda-se o interesse pelas coisas, os focos que se dão
e a valoração dos momentos...
Colegas de Equipe, de Maya Paz (Israel), é tocante para as
meninas, e nos leva à nossa primeira menstruação... a sensação de estranheza e
de deslocamento instantânea.
Going Kinski, de Smokey
Nelson (Peru), no qual o filho bastardo de Klaus Kinski, concebido enquanto
ele filmava Fitzcarraldo, oferece um tour temático na cidade de Iquitos, pelos
pontos em que as cenas foram rodadas, mas em sua cidade ninguém se interessa,
ninguém lhe dá valor, todos vivem o seu cotidiano, a maioria não viu o filme (e
a realidade retratada nas cenas não nos passa uma sensação de que ali seja um
reduto de pessoas que tenham tempo para conhecer um produto cultural)... assim
ele não consegue clientes, ninguém quer fazer seu tour... todos estão
atarefados e querem ir a lugares em que lhes é necessário.
Mas quando o dia amanhece... ele
segue um avião... vai até o aeroporto... e lá se dá o reconhecimento: algum
turista o chama de Fitzcarraldo... reconhece o personagem... e sai em um tour
pelos pontos turísticos do filme....
É preciso sonhar! E perseverar!
Bem
como estar no lugar certo...
não dá pra vender cachaça na porta da Universal...
hahahaha
E por fim o Viraremos Petróleo, de Mihai
Grecu, curta romeno... não consegui alcançar muito bem a linguagem
utilizada... mas achei fantástico a dança das ‘libélulas’ inicial... bem como
as tomadas de cena da fumaça: sendo sempre consequência de algo trágico e assim
quando com ela nos deparamos não é o tempo de parar para admirá-la, já que o
espanto nos toma conta... e ali dentro da proposta do curta aquele momento gera
muita reflexão quanto a sutileza da destruição.
As tomadas de cena final são fantásticas...
um progressivo afastamento e o horizonte sempre tomando conta, cada vez mais
amplo e distante, amparado por um solo multicolorido e fantasticamente composto
pelo acaso...
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