Gibellina foi uma das doze povoações que ficaram completamente destruidas pelo sismo de 15 de janeiro de 1968 na zona do vale do rio Belice, que atravessa de norte a sul o extremo oeste de Sicília. Situada entre Segesta e Selinunte, esta povoação contava na altura do sismo com cerca de 6mil habitantes, após este apenas o cemitério ficou de pé; 1150 pessoas morreram e na região contaram-se cerca 98mil desalojados.
Anos mais tarde o artista italiano Alberto Burri realizou o "Grande Cretto", uma espécie de memorial construido em cimento branco, no preciso local onde existira o centro da localidade destruida.
Esta composição que se propõe como “abstracta, monocromática, privada totalmente de referencias externas, permanece opaca a qualquer universo alheio ao dos seus própios processos”. Surge como negação de si própria, retendo em si a sua própria existência. Tal como o branco, com a "sua palidez de morte", deriva da junção de todas as cores do espectro de cores, fornecendo aos nossos olhos a "luz da ausência", esta obra não absorve nada e por isso mesmo aparece-nos como clareza máxima.
De uma presença desconcertante esta reorganização da matéria como manifestação radical tem uma autonomía visual, matérica e temporal. Uma imutabilidade territorial que a tornam numa espécie de autorreferencial da paisagem, da memória, a “sua finalidade esgota-se em si mesma”. Um brutalismo que pedrifica o sofrimento da destruição.
VI NO Arkitectos
Foto retirada do sitio www.archidose.org/Apr00/041700.html
VI NO Arkitectos
Foto retirada do sitio www.archidose.org/Apr00/041700.html
(informação retirada dos sitios:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Branco
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gibellina
http://sicilia.indettaglio.it/ita/comuni/tp/gibellina/turismo/turismo.html )
http://pt.wikipedia.org/wiki/Branco
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gibellina
http://sicilia.indettaglio.it/ita/comuni/tp/gibellina/turismo/turismo.html )
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