Depois de ver ontem um documentário na TV Paraná Educativa fiquei ainda mais escandalizada com os EUA e a sua ostentação ao consumismo e o desprendimento deste povo com relação à preservação do meio ambiente, tudo isto ilustrado pela postura assumida por Reagen em sua candidatura de 1980, e sua posterior eleição, palavras e imagens estas que deflagram a busca por comodidade e o conformismo com a destruição da natureza por parte dos norte-americanos.
Segundo Stephanie Mills a iniciativa de Reagan de reduzir em 80% o financiamento dos projetos de energia alternativa e a remoção das placas de aquecimento solar da casa Branca em 84 fizeram os EUA regredir 30 anos na busca e implantação das energias alternativas.
Depois de se eleger e de fazer o país 'voltar a ser o que era antes da crise e de sua eleição ele fez este lindo Vídeo Comercial ... isto para mostrar sua ação 'salvadora' sob a economia e política norte-americana que caminhava a passos largos ao progresso das energias alternativas.
Mas ainda bem que (tarde ou não) o mundo tem se mobilizado, pressionado países desenvolvidos que estão acabando com o meio ambiente e promovido incentivos à pesquisas de energias alternativas, sustentabilidade e preservação.
Abaixo segue na integra a matéria "Empresa canadense acha tecnologia adequada" do site Planeta Sustentável, da Editora Abril:
Um das faces mais potencialmente rentáveis da energia alternativa - combustíveis para carros e caminhões - está atraindo um fornecedor de combustível tradicional e uma empresa de coleta de lixo. A Enerkem, empresa de Montreal que faz etanol de velhos postes de eletricidade e lixo doméstico, anunciou que está recebendo seu primeiro investimento de uma refinaria independente de petróleo, a Valero, e a Waste Management, que caminha para se tornar uma gigante no setor, aumentou sua participação. Com U$ 60 milhões de dinheiro novo, os investimentos na empresa já somam U$ 130 milhões.
A Enerkem está começando a construir uma planta perto de Quebec, com escala comercial - capacidade de 1.3 milhão de galões por ano, e outra em Alberta, que poderá produzir 10 milhões de galões. Uma terceira, do mesmo porte desta, será construída nos Estados Unidos. As duas últimas consumirão 100 mil toneladas de lixo por ano.
Em Edmonton, a empresa tem um contrato de 25 anos para recolher o lixo sólido da cidade, o que significa qualquer coisa que um lar jogue fora. Depois de separar os materiais recicláveis, ela os esquenta a uma temperatura de 400 graus centígrados. A esta temperatura, o lixo libera um gás que inclue hidrogênio e monóxido de carbono. A Enerkem retira as impurezas, incluindo CO2, e o converte em metanol. O metanol pode então ser transformado em etanol. O começo requer a queima de gás natural ou propano, mas uma vez iniciado, o processo de gaseificação produz excesso de calor, que pode ser usado para ferver água e fazer eletricidade.
Muitas companhias estão tentando usar materiais descartados para fazer etanol, mas a maioria delas paga pelas matérias-primas. A Enerkem é paga para recolher o lixo, e economiza custos. Fazer etanol de lixo permite emissões de CO2 muito menores do que o processo que usa o milho - do qual deriva a maior parte do biocombustível nos EUA. O etanol de milho precisa de grandes quantidades de gás natural, mas o processo da Enerkem depende do calor gerado pelo próprio processo, e nenhum combustível fóssil é queimado, a não ser no começo. Além disso, lixo que não é queimado vai parar em aterros, onde libera metano, um potente colaborador do aquecimento global, diz o New York Times.
Há uma corrida para a produção de combustíveis alternativos, mas nem todas as iniciativas estão dando certo, inclusive uma com a participação da Shell. A Ingen, canadense, tem uma planta piloto que trabalha há anos para produzir etanol de palha de trigo. Mas anunciou recentemente que está procurando um comprador ou um novo parceiro. A Enerkem escolheu uma rota menos arriscada, usando um catalisador convencional, feito de cobre e zinco, que produz metanol que pode ser convertido, e não etanol, com o truque de transformar o lixo em um gás puro com a combinação precisa de monóxido de carbono e hidrogênio, de dois para um.
Foto: Planeta Sustentável
more informations http://green.blogs.nytimes.com/2011/06/01/garbage-to-energy-venture-gains-momentum/
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